Varizes de Membros Inferiores

VARIZES são dilatações das veias dos membros inferiores, que se encontram tortuosas e com perda da função destas veias.
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A ação natural das veias é a de transportar o sangue de retorno ao coração. Em uma veia varicosa esta atividade encontra-se prejudicada, uma vez que a veia dilatada é incompetente para conduzir o sangue na velocidade necessária; portanto haverá uma redução no fluxo sanguíneo, causando estagnação do sangue neste segmento.

As varizes são conhecidas e citadas desde a era antes de Cristo no Egito, no Papiro de Ebers em 1550 a.C. e por Hipócrates em 460 a.C.; São mais comuns nas mulheres do que nos homens devido aos hormônios progesterona e estrógeno em maiores níveis no sexo feminino.

AS PRINCIPAIS CAUSAS SÃO:

  • Hereditariedade: O fator familiar e hereditário é um dos mais importantes, uma vez que a genética pode levar as famílias a terem doenças mais propensas e as varizes incluem-se nesta tendência.
  • Idade: A partir da puberdade até os 70 anos de idade, entretanto a maior frequência está entre mulheres de 30 a 50 anos.
  • Gestações: É o maior fator que causa varizes. Quanto maior o número de gestações, maior a probabilidade de desenvolver varizes.
  • Realizamos uma pesquisa em mulheres grávidas e observamos que as varizes preexistentes à gravidez pioram muito e tornam a gestação bastante desconfortável se estas varizes não forem tratadas antes do período gestacional. Desta forma, nossa conduta é tratar antes da gravidez.
  • Obesidade: É um fator desencadeante, porque há dificuldade de retorno do sangue.
  • Postura no Trabalho: É polêmico, mas observamos que as pessoas que permanecem muito tempo em pé ou sentadas, apresentam maiores riscos de desenvolverem varizes.
  • Raça: Observa-se menor incidência na população negra; talvez porque ela possua maior riqueza em tecido elástico na parede venosa.
  • Anticoncepcionais e Reposição Hormonal: O uso prolongado de hormônio progesterona pode elevar a tendência no desenvolvimento das varizes e este hormônio encontra-se frequentemente nestes tratamentos.
  • Saltos altos: É polemico, mas observamos que as pessoas que utilizam muito salto alto, acima de 3 cm, oferecem maior risco de desenvolverem varizes.

SINTOMAS:

Os mais frequentes são:

  • Desconforto estético;
  • Dor; sensação de peso e queimação nas pernas;
  • Cansaço principalmente ao fim do dia;
  • Câimbras; formigamento;
  • Inchaço.

Os menos frequentes são:

  • Manchas marrons irreversíveis;
  • Manchas roxas.

COMPLICAÇÕES:

Eczemas: inflamação caracterizada por vermelhidão, coceiras ou lesões com vesículas que se tornam escamosas, crostas ou secretam líquidos;

Hiperpigmentações: Manchas escuras, marrons, irreversíveis. Também conhecidas como dermatite ocre.

Hemorragias: Sangramentos que são decorrentes da rotura das veias que se encontravam com a parede fina. Há risco de ocorrer durante o sono ou depois de uma batida no local ou até mesmo espontaneamente.

Úlceras: conhecidas como úlcera varicosa, geralmente são acompanhadas de infecção, malcheirosas e limitam a convivência social da paciente, diminuindo em muito a qualidade de vida.

Tromboses: Podem ser superficiais (menor gravidade) ou profundas (maior gravidade). A trombose venosa pode evoluir para embolia pulmonar, que é a mais temida complicação da trombose.

O diagnóstico é realizado principalmente mediante minucioso e cuidadoso exame clínico realizado no consultório, sempre com a paciente em pé.

O exame de Ultrassom Doppler ou Duplex Scan deve ser realizado quando houver dúvidas, porém, este é um auxiliar do exame clínico.

TRATAMENTO:

O TRATAMENTO DAS VARIZES deve ser iniciado precocemente, tão logo surjam os primeiros sintomas. É importante o conhecimento dos fatores que contribuem para melhorar ou piorar o problema.

O tratamento com remédios é paliativo e visa combater os sintomas e não elimina tampouco as varizes, muito menos previne. A utilização de meias elásticas traz benefício nos sintomas e na prevenção; devem ser utilizadas durante o dia e não para dormir.

O tratamento de escleroterapia (secagem de vasos) é realizado no consultório, sem nenhuma restrição após as sessões. Na maioria das vezes é indolor, utilizamos anestésicos locais, não há restrição ao sol nem ao trabalho. A ginástica e a academia podem ser realizadas no dia seguinte.

A cirurgia é minimamente invasiva. Realizamos o procedimento com agulhas, sem cortes, sem pontos na maioria dos casos e na maioria dos procedimentos NÃO RETIRAMOS A VEIA SAFENA, exceto em casos restritos em que esta tem indicação.

Quando há a indicação da safenectomia, avaliamos SEMPRE a possibilidade de se realizar a retirada segmentar da veia (parcialmente); A veia safena há décadas é utilizada como o MELHOR substituto arterial do organismo e devemos preservar ao máximo esta importante veia do membro inferior.

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Dr. Marcelo Kalil

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Neto de Dr. Woady Jorge Kalil, Cirurgião Vascular e um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

  • Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS);
  • Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) / Associação Médica Brasileira (AMB);
  • Cirurgião Vascular e Endovascular nos Hospitais: Rede D’or São Luiz – Unidade Itaim, Vila Nova Star, Samaritano Higienópolis e Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – São Paulo;
Imagem Dr. Marcelo Kalil